terça-feira, 22 de junho de 2010

Imperatriz Zauditu

Zauditu (Zaoditu, Zewditu ou Zawditu) (29 de abril de 1876 — 1 de abril de 1930) foi Imperatriz da Etiópia, a primeira mulher a reinar sobre aquele país, em tempos modernos.







Zauditu era filha de Menelik com "Woizero" Abechu de Wallo, um casamento anterior ao com a Imperatriz Taitu, e foi criada como uma princesa embora, pelo tradicional sistema sucessório, jamais cogitasse ascender ao trono.

Em 1882 casou-se com um descendente de Joanes IV, o príncipe Gugsa.

Em 1907, com a deposição de Yassu, é coroada Imperatriz – a primeira da História etíope moderna. Como regente, foi nomeado Ras Tafari Makonnen.

Zauditu era diabética. Nos dois últimos anos de sua vida, a Imperatriz ficara cada vez mais reclusa e misantropa, tornando-se extremamente mística.


Reinado


Durante seu império o país esteve dividido em três partidos principais, que na Corte em Adis Abeba (a “Nova Flor”, em amárico – fundada por Menelik) disputavam o poder: a aristocracia, chefiada pelo Ministro da Guerra, eminentemente conservador e com prestígio militar; os partidários do regente Ras Tafari, progressista, aberto aos estrangeiros e, finalmente, os partidários da própria Imperatriz que, neste jogo de poder, procurou manter o equilíbrio – e evitar a volta do sobrinho deposto – que em 1921 foi preso no Tigré.

Com o advento da I Guerra Mundial, Ras Tafari consegue inserir a Etiópia no cenário internacional. Com apoio de França e Portugal, consegue que o país faça-se representar na Liga das Nações, apesar da oposição de Inglaterra, Noruega e Austrália.

Sob a intercessão do Ras, Zauditu aboliu a escravidão em 1924. O exército foi modernizado, mas a administração nas zonas mais interiores continuava primitiva, de tal forma que a lei extinguindo os cativos não era ali respeitada.

O país enfrentou as pretensões italianas em seu território, avidamente disputado por este país.

Em 31 de março de 1930, durante lutas intestinas, seu esposo Gugsa morre, numa tentativa de depor o regente. Abalada, já com a saúde fragilizada pelo diabetes, Zauditu tem um colapso nervoso e físico, morrendo pouco tempo depois. Não deixou herdeiros, sendo sucedida pelo Negus Haile Selassie, o Ras Tafari.

Um comentário:

  1. Olá! Obrigada por acompanhar meu blog. Fico muito interessada em saber das pessoas que prestigiam meu trabalho, gosto de trocar/compartilhar informações e aprendizados. Fiquei curiosa e vim espiar o seu, vou ler com atenção. Você é rastafari? Espero que não se incomode com essa "invasão", me chamou a atenção esses textos por serem mulheres. Meu olhar é muito atento ao papel da mulher, às questões de gênero. Faço parte da doutrina do Santo Daime e na minha igreja há uma comunidade rastafari por lá. Sei pouco sobre o movimento, mas percebo várias conexões quanto a ligação com a natureza... Bem, era somente pra te dar um oi mesmo...
    Grande abraço, Elaine (do blog Fulô de Crochê)

    ResponderExcluir